O 6º P da Escola E.B. 2,3 de São Lourenço deseja a todos um excelente Verão
.::Informação: Neste Blogue podem visualizar todos os trabalhos que os alunos do 6ºP realizaram ao longo do Ano Lectivo 2010/2011::.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL - ÁLVARO E VIKTORIYA

Alimentação saudável:
A alimentação saudável é a alimentação ou nutrição de comer bem e de forma equilibrada para os adultos manterem o peso ideal e as crianças crescerem
Os alimentos mais saudáveis do mundo:
Legumes -O termo “legume” significa geralmente as partes comestíveis das plantas, sendo
De uma forma geral, uma planta ou parte de uma planta que é consumida pelos humanos é considerada como um legume. Os cogumelos, embora pertencente ao reino biológico dos fungos, são também considerados como legumes, pelo menos no sector do comércio e retalho. As nozes, sementes, grãos, ervas aromáticas e especiarias não são consideradas como legumes, embora sejam partes comestíveis de plantas.
No geral, os legumes são considerados pelos cozinheiros como adequados para integrarem pratos salgados, em vez de pratos doces, embora existam excepções, como é o caso da abóbora.
Alguns legumes podem ser consumidos crus ou cozinhados, como a cenoura, o pimento e o aipo, enquanto outros, como a batata, são tradicionalmente consumidos cozinhados. Podem ser consumidos em uma grande variedade de formas, como parte de refeições principais, aperitivos ou em forma de sumo. O conteúdo nutricional dos legumes varia consideravelmente, embora contenham geralmente uma pequena percentagem de proteínas e de gorduras, e uma percentagem elevada de vitaminas, dietéticos minerais, fibras e hidratos de carbono. Muitos dos legumes contêm também fotoquímicos, compostos fundamentais para a saúde do organismo com características antioxidantes, ante bacterianas, ante fúngicas, ante virais e ante cancerígena.
Frutos-A palavra fruta tem muitos significados diferentes, dependendo do contexto em que se utiliza. Em botânica, um fruto é o ovário e sementes amadurecidas de uma planta em flor, e em muitas espécies, o fruto incorpora o ovário e os tecidos circundantes. Os frutos são assim, em botânica, os meios pelos quais as plantas florescem e disseminam as sementes.
Na cozinha, quando os alimentos são denominados frutos, o termo é mais utilizado para designar os frutos de plantas comestíveis, doces e carnudos, e que incluem, como exemplo, ameixas, maçãs e laranjas. Apesar de em culinária a palavra fruta ter uma utilização limitada, um grande número de produtos hortícolas, como nozes ou grãos, são também denominados em botânica como os frutos de várias espécies vegetais. Não existe uma única terminologia que realmente encaixe a enorme variedade que é possível de encontrar entre os frutos das plantas.
A grande maioria dos frutos, incluindo a fruta carnuda como a maçã, o pêssego, pêra ou manga são comercialmente valiosos para a alimentação humana, sendo consumidos frescos ou desidratados, em conserva ou na forma de compotas. Muita fruta é utilizada para fazer bebidas, como sumos de frutas (sumo de laranja, sumo de maçã, sumo de uva, etc) ou para fazer bebidas alcoólicas, como o vinho e aguardente.
Vários legumes são na realidade frutos botânicos, como o tomate, a beringela, o pimento, a abóbora, o feijão-verde ou o pepino. Também as especiarias como a baunilha, a paprika, a pimenta da Jamaica e pimenta preta têm origem em frutos, mais especificamente em bagas.
Os frutos possuem um alto valor nutricional e possuem geralmente altos índices de fibras, água e vitaminas. A fruta contém também diversos fotoquímicos que são fundamentais para a saúde e preservação dos tecidos celulares e prevenção de doenças relacionadas com a má nutrição. O consumo regular de fruta está associado à redução do risco de cancro, de doenças cardiovasculares, da doença de Alzheimer, cataratas e de alguns dos declínios associados com o envelhecimento.
Leguminosas-As leguminosas são consumidas pelos humanos desde a mais antiga prática da agricultura e têm-lhes sido atribuídos papéis medicinais e culturais assim como nutritivos. São um importante componente da alimentação em países em desenvolvimento em África, América Latina e Ásia onde são especialmente valiosos como fonte de dieta de proteína.
As leguminosas são um tipo de plantas cujas sementes crescem em vagens. Podem ser comestíveis como os feijões, soja, alfafa, lentilhas, pinhões e ervilhas, ou não, como o trevo. Os feijões são conhecidos por provocarem desconforto no estômago: são difíceis de absorver, porque contêm staquirose e retinose, que não são ingeríveis pelo intestino delgado, mas passam para o cólon. Mas se antes de serem cozinhados forem mergulhados em água pelo menos por algumas horas (de preferência durante a noite) tornam-se mais fáceis de cozinhar e causam menos flatulência. As leguminosas são uma valiosa parte duma alimentação saudável e boa nutrição, porque têm pouca gordura, não contêm colesterol, e têm uma significativa quantidade de fibra.
O conteúdo nutricional das leguminosas maduras é diferente do conteúdo nutricional das leguminosas secas, já que estas são as “sementes” das plantas e portanto são nutricionalmente densos. As leguminosas são fortes em fibra, gordura pouco saturada de complexos hidratos de carbono e proteína de boa qualidade. O consumo regular parece ter um efeito protector contra doenças cardiovasculares e alguns cancros. Para ganhar o benefício da proteína da leguminosa esta deve ser cozinhada e comida com um cereal (de preferência cereal integral em grão).
As leguminosas fornecem a melhor fonte de proteína concentrada do reino vegetal.
Cereais - Louvados como a «equipa da vida» pela sua importância histórica na sobrevivência humana, os cereais são parte essencial de uma alimentação saudável. São a ampla variedade de sementes de ervas que são cultivadas como alimento. Existem em vários tamanhos e feitios, desde grandes sementes de pipocas a pequenas sementes de quinoa.
Todos os tipos de cereais são boas fontes de hidratos de carbono complexos, vitaminas várias e minerais e têm naturalmente pouca gordura. Mas os que não foram refinados – chamados integrais – são ainda melhores. Os cereais integrais são melhores fontes de fibra e outros nutrientes importantes, tais como selénio, potássio e magnésio. Os cereais reinados, como o arroz branco e farinha branca, têm o farelo e o germe retirado do grão. Embora se acrescentem vitaminas e minerais após o processo de moagem, estes não têm tantos nutrientes como os integrais e não fornecem tanta fibra.
Arroz, pão, cereal, farinha e massa, tudo é cereal ou produtos de cereal. Coma as versões integrais – em vez dos refinados – sempre que possível.
Erradamente considerados como engordastes, os produtos em grão cabem facilmente num plano de comida saudável sem necessariamente implicarem aumento de peso. O excesso de calorias é que leva a aumento de peso, não simplesmente os hidratos de carbono encontrados nos cereais ou outros alimentos. Contudo, atenção aos produtos em grão carregados de açúcar ou gordura – tais como pastelaria, pães para sobremesa ou croissants – porque são altos em calorias e fornecem poucos nutrientes.
Comer uma variedade de cereais integrais não só assegura que obtém mais nutrientes como também ajuda a tornar as suas refeições e lanches mais interessantes.
Frutos secos e Sementes - A nutrição e frutos secos não foram sempre considerados bons vizinhos para uma alimentação saudável. Mas isso era numa época em que toda a gordura era considerada má. Agora, graças a uma pesquisa contínua, tudo isso mudou e aqueles frutos secos que sabem tão bem são igualmente uma óptima adição a uma alimentação saudável. Os frutos secos ainda contêm 80% de gordura mas são consideradas um alimento denso em nutrientes. O que faz com que do ponto de vista nutricional, sejam alimentos saudáveis.
Isto acontece porque a elevada quantidade de gordura nos frutos secos não é saturada – o bom tipo de gordura e não o mau, que inclui gorduras saturadas e gordura . A maioria da gordura nos frutos secos é monoinsaturada, o tipo de gordura que aumenta as lipoproteínas, o bom colesterol e não os níveis de mau colesterol.
Os frutos secos têm uma quantidade extraordinária de vitaminas e minerais – quantidades que dependem do tipo de fruto. Estas incluem vitamina B1, B5, B9, B2, ácido nicotínico, vitamina E, B6, ferro, zinco, magnésio, fósforo, selénio e cobre.
Outra forma saudável de incluir frutos secos na sua alimentação é usá-los para substituir alimentos que contêm gorduras saturada. Outra forma de reduzir o conteúdo de gordura é tornar as porções mais pequenas ao cortar ou laminar, omitir o queijo enquanto tempero ao usar frutos secos, reduzir as porções de carne nos pratos que incluírem frutos secos, usar um molho magro e combinar com cereais e frutos secos ao comer um lanche.
Desde que opte por não exagerar as quantidades, os frutos secos são altamente nutritiva. A densa qualidade de nutrientes – proteínas, vitaminas e minerais – trazem muitos benefícios para a saúde. Para além do mais, os frutos secos sabem bem, não só quando comidas sozinhas como petisco mas quando são adicionadas das mais variadas formas a pratos principais.
Água - A água é uma substância química composta de hidrogénio e oxigénio, sendo essencial para todas as formas conhecidas de vida.
Carnes brancas e aves - Se fizerem uma pesquisa na internet sobre proteína da carne, ferro, cálcio e aminoácidos, é provável que encontre muitos websites que lhe dizem para evitar comer carne, e depois tratam de explicar como pode recrear o equilíbrio dietético de que precisa consumindo um complicado conjunto de vegetais, feijões e suplementos. Contudo, nós, na Alimentação Saudável HOJE, acreditamos e aconselhamos que, se a carne não fosse já um alimento disponível próprio para os nossos corpos, não seria tão difícil obter o que precisamos em forma vegetal.
O facto é que a carne é o conjunto digestível de proteínas, ácidos essenciais e fonte de ferro e vitamina B12 mais disponível, equilibrado e fácil de obter que se pode encontrar. Seja como for, precisa de encontrar e consumir todas as coisas que a carne fornece para que o seu corpo se mantenha saudável.
Com grande esforço e envolvimento podemos replicar muitos dos benefícios de saúde encontrados numa tenra peça de carne recém cozinhada, substituindo-a por outras coisas. Ou podemos simplesmente preparar a nossa preferida peça de carne, comê-la e dar enormes passos para oferecer aos nossos corpos o que eles precisam para ficarem saudáveis e fortes.
É verdade que, como em tudo, o excesso de indulgência pode desequilibrar a nossa dieta se exagerarmos. Mas o senso comum no que concerne a saúde e vitalidade é comer carne juntamente com fruta e vegetais.

A Importância da Comunicação Social

Os meios de comunicação de massa mais frequentes são o Jornal, a Televisão, o Rádio, o Cinema e a Internet.  Didaticamente poderia-se simplificar as atribuições dos diversos profissionais da seguinte forma: os Jornalistas atuam com as notícias, os Publicitários ou Propagandistas atuam com os anúncios e os Relações Publicas com a relação entre a sua organização e a sociedade, mas a interdisciplinaridade e a convergência tem se ampliado progressivamente nessa área. “Meios” é um termo antigo em muitos sentidos. Um “meio” é um agente de transmissão em sentido estrito. Os antigos achavam que o universo era formado por meio do éter. Para que se entenda melhor: o ar ou a água é um meio. Nesse sentido, um meio de transmissão - ou comunicação - é um agente neutro. Entretanto, pode-se observar facilmente que, apesar de seu estado aparentemente objectivo, a natureza de um meio determina o tipo e a qualidade da informação que pode passar por ele.
O uso moderno apropriou-se do termo com o significado de meios de comunicação. Ainda que actualmente considerássemos o livro ou a imprensa como meios, o termo tomou relevância com o surgimento da comunicação a longa distância mediante a tecnologia - ou a telecomunicação. A telegrafia foi o primeiro meio de comunicação verdadeiramente moderno, depois rapidamente vieram a telefonia, o rádio, a televisão, a transmissão por cabo e satélite e, obviamente, a Internet. Todo este desenvolvimento aconteceu nos últimos 150 anos; a maior parte durante o último século e a Internet na década passada.

No decorrer do avanço da tecnologia, cada nova geração de meios de comunicação trouxe consigo sua carga de utopias de criação de espaços públicos de interacção participativa entre cidadãos informados usando o direito à palavra. Todo novo meio de comunicação constitui, ao mesmo tempo, o ponto de disputas entre lógicas sociais a cargo do Estado, do mercado e da sociedade civil. Historicamente, as lutas pela liberdade de imprensa, e a liberdade de expressão que ela implicava nesse momento, estimularam e participaram das grandes batalhas democráticas contra a censura, os direitos humanos, a escravidão, etc. Estas lutas contribuíram em grande medida à elaboração e à fundação de nossas democracias e dos princípios e legislações que prevalecem actualmente em termos de direitos à informação e à comunicação. Ao mesmo tempo, conseguiram modelar uma intersecção de espaços mediáticos na qual coexistem diversas formas de meios de comunicação e instituições mediáticas. Hoje, consideramos os meios de comunicação como instâncias da comunicação em massa, ou seja, a imprensa, a rádio e a televisão em suas acepções públicas, privadas ou comunitárias. Trata-se de mecanismos que permitem a disseminação em massa de informação facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a reprodução do discurso público e certos níveis de interacção, principalmente dos novos meios independentes, alternativos e comunitários. Tradicionalmente, as reflexões sobre os meios de comunicação centralizam-se na capacidade das instituições mediáticas e das tecnologias de comunicação de desempenhar um papel na democratização das sociedades, na criação de uma esfera pública mediante a qual as pessoas possam participar de assuntos cívicos, no destaque da identidade nacional e cultural, na promoção da expressão e do diálogo criativo. Por isso, os debates sobre as diferentes formas de censura e a propriedade dos meios de comunicação sempre formaram parte das agendas de trabalho. O sentido das perguntas propostos pelas lógicas do mercado assim como do Estado é mais de como constituir uma via para a publicidade, gerar benefícios financeiros para os accionistas e servir de instrumentos de propaganda e controle social e ¬político.

Em quase todos os contextos nacionais, considera-se necessária certa forma de intervenção - ou regulamentação - governamental que permita aos meios de comunicação desempenhar um ou outro dos papéis antes mencionados. Tão logo a produção e a distribuição dos meios requeiram um grau maior de organização e de recursos do que os fornecidos por artistas ou criadores individuais de grupos relativamente pequenos - isto é, tão logo os meios de comunicação se industrializem - normalmente, o Estado assume certa forma de organização estrutural, seja directamente ou por meio de uma autoridade à distância.
Isso pode ser feito de várias maneiras. No modelo de mercado livre, o Estado cria ambiente em que as empresas dos meios de comunicação gozam de plena liberdade para operar comercialmente; o acesso ao mercado, em alguns sectores como a radiodifusão, segue controlado fundamentalmente mediante concessão de frequências de transmissão, enquanto a área da imprensa escrita fica aberta a qualquer pessoa que disponha dos recursos para ter e operar um meio de comunicação. 

No modelo autoritário, os meios de comunicação são considerados uma extensão da autoridade estatal. O modelo de serviço público enfatiza a criação de serviços de rádio e televisão ao serviço público, o financiamento de meios de comunicação não-lucrativos, baseados na comunidade, e várias restrições sobre propriedade de meios de comunicação comercial (limitando a quantidade de pontos de distribuição para controle de uma empresa particular ou proibindo que os proprietários sejam estrangeiros). Na verdade, em muitas sociedades, se não na maioria, os meios de comunicação funcionam segundo um modelo misto baseado numa combinação de dois ou mais dos mencionados. Na maioria dos casos, existe uma instância que dita e controla as regras de funcionamento nacional. Actualmente, todo o mundo reconhece que a lógica do mercado é a que predomina, impõe valores e condicionamentos sobre modos de produção e distribuição, acarretando maiores consequências sobre conteúdos e natureza da informação. Aqui surgem novos desafios muito mais complexos relacionados com a concentração de meios de comunicação, a uniformização e a pobreza dos conteúdos, o desequilíbrio dos fluxos de informação e a falta de diversidade cultural, o papel regulador dos Estados nos planos nacionais e internacionais e a necessária redefinição de serviço público em termos de informação.
Além disso, a recente revolução digital vem questionar os meios de comunicação com relação a sua própria ¬definição e redefine seu papel em termos completamente inéditos colocando-os em uma “sociedade da informação” que se esforça para delimitar.


A relação entre os meios de comunicação e a sociedade da informação propõe efectivamente um desafio aparentemente paradoxo. Por um lado, os meios de comunicação de massa (imprensa, rádio, televisão) vivem um processo de concentração da propriedade e integração horizontal e vertical de som, áudio e imagem, graças ao advento do suporte numérico. Por outro lado, a Internet e o suporte digital em geral individualizam e democratizam o acesso à comunicação e à interacção, permitindo o desenvolvimento inédito de novos meios alternativos ou cooperativos que, ao mesmo tempo, afectam os meios de comunicação em massa tradicionais.

A relação entre os meios de “comunicação” e a sociedade da “informação” surge assim sob a forma de uma dissociação contraditória de difícil explicação sem considerar a definição do projecto da sociedade da informação, o contexto no qual se evolvem os que constroem a sociedade da informação e os desafios propostos pelos avanços tecnológicos.

Uma análise da situação atual dos meios de comunicação, sobretudo nesta época de globalização, ilustra os novos desafios que novamente situam o papel dos meios de comunicação dentro de uma sociedade de saberes compartilhados.

É necessário destacar que, no contexto da globalização neoliberal, a informação “digital” transformou-se em uma mercadoria a mais circulando conforme as leis do mercado de oferta e procura.

Segundo esta lógica, os meios não estão vendendo informação aos cidadãos, estão vendendo os cidadãos aos publicitários. Assim, os conteúdos causam distorção da realidade, fortalecendo os estereótipos e reduzindo claramente a diversidade dos conteúdos distribuídos. Para exemplo - bastante utilizado - do resultado deste processo de desregulamentação nos últimos 30 anos podem ser citadas as declarações do chefe da Instância reguladora dos Estados Unidos, sob Ronald Reagan, em 1980, que em plena febre desregulamentar  declarou que a televisão
era como qualquer aparelho doméstico, uma “torradeira com imagens.” E, como não se regulam as torradeiras, por que fazê-lo com a televisão? O certo é que a privatização e a liberalização que acompanham a globalização não produziram meios mais diversos e pluralistas.


   Neste contexto, as mudanças tecnológicas favoreceram o desenvolvimento de projetos coletivos de comunicação. Nos anos 60 e 70, em todas as regiões do mundo, começaram a ser desenvolvidos projetos de vídeos e de emissoras de rádio locais e comunitárias contra a hegemonia e as limitações dos meios tradicionais. Estas ações foram beneficiadas com a revolução provocada pelo surgimento dos transistores, dos transmissores FM, do vídeo. Nesta etapa encontramos rádios piratas no Reino Unido, rádios livres na França, televisões comunitárias, rádios e clubes de vídeo envolvidos na comunicação para o desenvolvimento, [5] movimentos sociais usando tecnologias apropriadas para executar projetos contra a crise de representatividade dos sistemas políticos existentes e que constituem uma resistência contra os grandes meios de comunicação. Trata-se de processos de contracomunicação e processos de comunicação em interatividade social realizada pelas comunidades, por exemplo, de rádios comunitárias em zonas rurais. Entre os novos meios de comunicação alternativos, destaca-se o desenvolvimento inédito de comunidades virtuais, em uma perspectiva de maior apropriação individual, ao mesmo tempo local e internacional. Conforme Manuel Castells, trata-se do advento das redes como nova morfologia social baseada na interconexão e flexibilidade da nova topologia que permite circulação de enunciados que produzem novos sentidos e efeitos para a ação social e da cidadania; isso permite a existência de redes de movimentos sociais, redes de cidadania e cibercomunidades sobre temas de caráter mundial como a defesa do meio ambiente, a promoção dos direitos da mulher na organização da quarta Conferência Mundial da Mulher da ONU e da Marcha Mundial das Mulheres.
Este desenvolvimento dos meios alternativos na rede com as novas tecnologias não deixa de estar enfrentado enormes desafios, entre eles, destaca-se a problemática da excessiva circulação de informação na Internet. Alguns estudos indicam  que, se antes havia apenas alguns meios em cada localidade, agora existem milhões de sítios acessíveis e 50% do tráfego na rede visita 0.5% dos sítios. Deste modo, a riqueza da informação traduz-se em diminuição da atenção e a questão da credibilidade da informação transforma-se em questão  
Como intervirá a comunidade internacional para facilitar um processo de democratização das comunicações na relação complexa entre os meios e a sociedade da informação?
Com o advento da globalização, por conta de uma variedade e combinação de razões - algumas técnicas, outras políticas, económicas, ou ideológicas - os políticos nacionais estão menos dispostos e são menos capazes de intervir na esfera da actividade dos meios de comunicação. Ao mesmo tempo, surgiram poderosos mecanismos formais e informais (tais como acordos comerciais internacionais) em escala internacional, que limitam a capacidade dos governos nacionais de influir neste setor. O ambiente internacional dos meios de comunicação, na era neoliberal, é uma nova fronteira na qual as regras vão sendo estabelecidas conforme o andamento; como em toda situação fronteiriça, o mais poderoso estabelece as regras para satisfazer suas necessidades particulares, enquanto o menos poderoso trata de sobreviver numa situação não criada por ele.

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